Voltei! Nas últimas duas semanas não houve coluna porque estava em Búzios. Digo, nos búzios: é que gosto de fazer meu mapa astral no começo de cada ano, e fui consultar painho. A chegada de 2012 é por si só um grande acontecimento; é o começo do fim. Do mundo, no caso. As previsões indicam que a vida como conhecemos vai terminar este ano – o que me deixa com uma sensação de que a corrupção no Brasil vai ter fim. O.k., nem tanto.
Aos mais desavisados, os maias tinham um calendário que indicava o fim de um ciclo em 21 de dezembro de 2012. Poderia ser o começo de um ciclo novo? Sim. Mas a turma que adora tocar o terror começou a afirmar que se trata, mesmo, é do nosso bye, bye. Aqui em casa o clima é de apreensão, porque meu pai já avisou que vai se acabar no próximo dia 21 de dezembro. Crença no calendário maia? Que nada, é só o aniversário dele.
Torcida organizada Comando Vermelho
A extinção da vida humana no planeta Terra é sempre um tema interessante, mas vamos falar de algo verdadeiramente importante: futebol. O ano está movimentado no mercado da bola, com os times fazendo muitas contratações. Por todo o Brasil, as equipes têm comprado atacantes, meias e defensores. A exceção é o Corinthians, que resolveu comprar árbitros – para reforçar a lista já existente, é claro. Aliás, parabéns ao clube pela conquista do Campeonato Brasileiro de 2011, que na minha vida foi um marco: nunca mais assisti a Bandeirantes desde então. Só lamento ter perdido a festa da torcida... Dizem que a comemoração foi linda, com colchões queimados e quebra-quebra por todos os presídios do país.
Dilma e Lupi: abatido a bala
Já que citei o ano velho, façamos uma retrospectiva não cronológica dos fatos mais importantes do ano passado. Não sei qual a opinião você tem sobre 2011, mas eu achei supimpa. Muita coisa boa aconteceu neste intervalo de 365 dias, a começar pelo campo da política. Foi o primeiro ano de uma mulher à frente do Brasil, ainda que um homem esteja mandando ver atrás dela – sem trocadilhos. Estou esperançoso que a situação melhore e torcendo para que a Dilma não tire o avental e continue com a faxina. Esperançoso, também, para que não cesse a revolta: passeatas contra a corrupção eclodiram por todo o país. Corrupção, mais ainda.
Zeca Camargo e André Marques
O ano de 2011 ainda foi marcante pelo emagrecimento do Zeca Camargo e pelo prenúncio de explosão do André Marques. Também teve casamento real – que curiosamente ficou no nosso imaginário –, teve piriguete no BBB ganhando a simpatia da mulherada, teve filme de prostituta fazendo sucesso entre as donas de casa e teve o câncer do Gianecchini, do Lula, da Cristina, do Chávez, do Kiko e do Nhonho. Culpa dos norte-americanos, óbvio.
Ainda não me conformei...
Para o pessoal da metralhadora, o ano foi agitado. Muammar Kadhafi foi assassinado e literalmente virou presunto: passou quatro dias em um frigorífico. Quem também passou desta para a pior foi Osama Bin Laden. O terrorista acabou morto e jogado no mar, o que causou uma onda de revoltas. Entre os peixes, no caso. Por falar em mortos, também perdemos personalidades importantíssimas ao longo do ano passado, como José Alencar, Steve Jobs, Amy Winehouse, Sócrates, Joãosinho Trinta e Lacraia da Eguinha Pocotó. Lamentável.
Anime-se: o fim está mais próximo!!!
Estamos mais perto da Copa de 2014 e a expectativa é enorme. Pela aposentadoria do Galvão Bueno, no caso. Sinto que a vida até lá tende a melhorar muito, com as pessoas se respeitando mais, com os políticos sendo honestos, com os homens não mais usando som alto à beira-mar, com o fim do Calypso e da TPM. Tudo isto só por causa da aposentadoria do Galvão Bueno... Talvez eu seja um sonhador, mas a humanidade só caminha por conta de devaneios, vodka barata e camisinhas furadas. E sobre o fim do mundo? Duvido muito. Se tivesse um palpite, diria que você, eu e o Oscar Niemeyer ainda temos muito que viver pela frente... Mas, por via das dúvidas, aproveite o ano: pode ser o último.
PS: Agora, com vocês, Amigos!
Texto publicado na coluna “Devaneios” do jornal Sem Censura em 10 de janeiro de 2012.
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