terça-feira, 4 de outubro de 2011

O mito que criou-se em torno da TPM

Alerta: mulher com intenções duvidosas
Existe um velho mito, repassado de geração em geração, que há tempos me incomoda. O desconforto causado pela afamada lenda começou por volta de meus 12 anos, quando, uma a uma, minhas colegas de aula começaram a ficar “mocinhas”. Na coluna de hoje, gostaria de por um ponto final na questão: a velha história de que a Tensão Pré-menstrual (TPM) afeta as mulheres. Que bobagem... A TPM afeta, mesmo, os homens.

O amigo leitor que convive diretamente com ao menos uma mulher em casa ou no trabalho já entendeu aonde quero chegar. As feministas mais radicais não alcançaram este segundo parágrafo. As mulheres que, por coincidência, estão na fase que antecede a menstruação prosseguiram com a leitura só a fim de ter mais embasamento para me dar um tiro na próxima esquina. Mas é importante a discussão. Feito meu testamento, avanço com a teoria.

As mulheres não sofrem com a TPM, quem sofre são os homens. Veja bem, a mulher tem todo o direito de ficar – por um período que pode ser superior a uma semana... – impaciente, depressiva, intolerante, inquieta, revoltada, indisposta, chateada, intocável, carente, triste, insuportável, feia no espelho, gordinha no espelho, quebrar o espelho, chata de galocha de verdade. Os homens, não. E mais – e é aqui que a teoria ganha força: a nós cabe apenas compreender e aceitar. Tão somente isto!

Ahnnn?! Ele desligou primeiro?! Mas que filho da...
Se para tudo na vida há um propósito estabelecido por Deus, a TPM foi criada pelo capeta. Só mesmo o diabo do satanás poderia ter planejado algo tão infeliz – a nós, homens. Há que reconhecer, todavia, a importância da Tensão Pré-menstrual para a humanidade. Thomas Edison criou a lâmpada pelo medo que sentia de ficar em casa no escuro com a própria mulher. Alexander Graham Bell bolou o telefone a pedido de uma namorada com fortes crises de TPM, a qual queria saber quem desligava primeiro. Mark Zuckerberg, por sua vez, inventou o Facebook só para admitir, publicamente, que estava “em um relacionamento sério”. E assim, bem como nossos semelhantes, vamos nos submetendo às vontades delas...

PORRA, Palocci, O QUE FOI? Como, nada? Sei...
Pesquisadores britânicos iniciaram uma pesquisa só com mulheres em estado de Tensão Pré-menstrual. Não há registro de sobreviventes em tal laboratório. Já nos Estados Unidos um estudo feito em um presídio feminino teve êxito – com elas enjauladas, ficou mais fácil. Os cientistas descobriram que 50% das presas haviam cometido crimes no período pré-menstrual. Percebe-se que já há um consenso em reconhecer que estes dias que antecedem a menstruação afetam realmente as mulheres. Na Inglaterra, a TPM pode servir de atenuante à pena de uma criminosa; o próximo passo é a comunidade acadêmica reconhecer o atenuante para a pena do homem que mata uma mulher em TPM, afinal ele também estava sob pressão. Ainda não há projetos de lei neste sentido tramitando no Congresso Nacional, apesar da relevância do tema. O problema é o medo causado pela TPM da presidente Dilma Rousseff – a qual parece durar o mês todo.

Os atuais esforços de grupos científicos espalhados pelos quatro cantos deste mundo redondo consistem em reordenar o significado das siglas para TPM. Entre as opções já sugeridas pelos pesquisadores, temos: Todos os Problemas Misturados; Tempo Para Meditação; Toda Problemática no Momento; Total Paranóia Mental; Totalmente Pirada e Maluca; Tente no Próximo Mês; Tô Pirada Mesmo; Tendências a Patadas e Murros; Tocou, Perguntou, Morreu; Temporada Proibida para Machos; Tô Puta Mesmo; Tendência Para Matar; Tire as Patas, Moleque; Tenha Paciência, Meu; Tira a Porra da Mão! O nome ainda não foi definido, mas os pesquisadores nunca mais voltaram para casa.

Ops... Ai, como tô bandida!
Não há método comprovado cientificamente para um homem combater com sucesso uma Tensão Pré-menstrual, mas ao longo da vida aprendi algumas coisas. 1º) Não faça perguntas tolas; aliás, não faça perguntas. 2º) Jamais responda com “não sei”, “talvez” ou “tanto faz”; ou você usa a afirmativa “sim”, ou você usa a afirmativa “não”. 3º) Acerte a afirmativa. 4º) Ligue sempre, mesmo sem ter nada para falar. 5º) Jamais fique sem falar nada ao telefone, você não gosta de conversar com ela? Por que você ligou? Você não a ama mais, cretino? 6º) Nunca desligue primeiro. Talvez, mesmo com todos estes esforços, nada dê certo. Por via das dúvidas, tenha sempre chocolate por perto.

PS: Agora, com vocês, uma música sobre TPM...



PS: Por fim, uma história real sobre um dia de fúria...



Texto publicado na coluna “Devaneios” do jornal Sem Censura em 4 de outubro de 2011.

Um comentário:

  1. ADOREI A MATÉRIA SOBRE TPM,É BEM NESSA,MAS NÃO É SÓ O HOMEM QUE SOFRE É A FAMÍLIA INTEIRA ISSO SIM.

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