Claudia Leitte e toda a sua... simpatia |
Não tem filas. Não tem empurra-empurra. O banheiro é limpo e você pode até – glória máxima – sentar-se no vaso sanitário dependendo dos trabalhos a fazer. Não tem gente suada esfregando o bracinho no seu. Também não tem logo atrás um negrão de 1,90 metro chamado Átila encostando o corpo inteiro no seu, mas nem tudo é perfeito. Saudades, Átila...
Brincadeira. Jamais conheci um homem de 1,90 metro chamado Átila. Até porque ele nunca me ligou no dia seguinte, e este tipo de gente eu prefiro esquecer...
O.k., agora é sério. O maior evento de música em que fui até agora, nesta minha curta passagem pelo universo, foi o Planeta Atlântida do Rio Grande do Sul – que tem apenas a metade do tamanho do Rock in Rio e já é algo imenso. No meio da multidão que se aglomerava para ter a melhor visão do palco, vi um homem urinar livremente a três metros de mim. Banheiro muito longe, não queria perder o lugar, sabe como é. Ao tocar o chão o líquido saído daquele corpo imundo, os respingos pegaram na perna de uma menina. Pensem em alguém que ficou pa-ssa-da – estou falando dela, chega de viadagem para o meu lado na coluna de hoje. Fazer o quê?
Rihanna no momento tapinha não dói; Chris Brown é passado |
Outro problema dos grandes festivais é os preços. Você pode até pechinchar com um vendedor ambulante – sim, eles existem –, mas nas lojas e restaurantes um copo de água mineral não costuma ser vendido por menos de R$ 3. No Rock in Rio, o copinho chega a custar R$ 5. Até ajuda a entrar no clima: nada mais natural do que ser assaltado em plena luz do dia no Rio de Janeiro.
Como se não bastasse o alto valor dos itens básicos que eles não deixam que se leve de casa, não pense que você vai ser bem atendido. De modo geral, apenas se encontram pessoas com cara fechada, em estresse absoluto e sem troco. O bom e velho fast food também não existe. Em qualquer lanchonete, você não perde menos que meia hora nos horários de maior pico. Na fila, é claro, sem contar mais o tempo do preparo daquele hambúrguer mequetrefe que não sai por menos de R$ 7.
Katy Perry e o cara mais invejado de Sorocaba |
Uma dica? Experimente você também o Rock in Casa. Dá até para fazer uma roda punk com a sua avó, para entrar no clima. E se o desejo de estar no festival bater forte mesmo e já não houver mais ingressos à venda, recorra à última instância: peça para que mijem na sua perna.
Jovens mostrando todo a sua masculinidade em roda punk no show do Elton John |
Filhinho do Edu Falaschi (Angra) e o momento mais "óinnn..." do Rock in Rio |
Texto publicado na coluna “Devaneios” do jornal Sem Censura em 27 de setembro de 2011.
Olha, definitivamente o Rock In Rio não é pra mim. Quase morri de irritação no show da Amy Winehouse. Imagina quem fica lááááaááááááááááááá atrás, nos últimos "lugares" do negócio. A sensação é de que a banda está há pelo menos uns 10 anos-luz na frente. Prefiro minha caminha e a TV.
ResponderExcluirA diversão de quem fica lá atrás é espremer a galera do gargarejo contra a grade, né? Deve ser. ;D
ResponderExcluirBem, concordo com tudo o que você disse, Lô. Tanto que sei de alguns amigos solteiros que também iriam preferir a sua caminha e TV.
Obrigado pelo comentário! Beijos.